A presidente argentina, Cristina Kirchner, será submetida nesta quarta-feira (4) a uma cirurgia para retirar um tumor no lobo direito da tireoide, detectado em dezembro. Ela ficará afastada das atividades políticas durante 20 dias, período no qual seu vice, Amado Boudou, assumirá as funções de governante.

O médico oncologista Santiago Zund, que integra a equipe de profissionais que cuidam da saúde de Cristina, afirmou que o prognóstico da presidente é “positivo”. A operação --que envolve uma incisão no pescoço-- deve durar de duas a três horas, e após a intervenção, Cristina ficará em repouso por 72 horas.

Depois da cirurgia, Cristina, que tem 58 anos, poderá se recuperar plenamente, pois exames mostraram que não há metástase, acrescentou Zund. O procedimento será realizado no hospital Austral, na cidade de Pilar, província de Buenos Aires.

Cristina foi reeleita em outubro do ano passado, com 54% dos votos. Ela foi primeira-dama da Argentina de 2003 a 2007, quando lançou sua candidatura à presidência e venceu em primeiro turno. Em outubro de 2010, perdeu o marido, Néstor Kirchner, mas o apoio popular a ela só aumentou desde então.

A governante argentina é a quinta líder latino-americana a tratar um câncer. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retirou um abcesso na pélvis no ano passado; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz sessões de radioterapia para curar um tumor na laringe; e a presidente Dilma Rousseff e seu homólogo do Paraguai, Fernando Lugo, conseguiram vencer um câncer no sistema linfático.