Uso de drogas começa antes dos 13 anos, diz IBGE
Brasil, A geração que vai suceder os milhares de jovens que surpreenderam o Brasil e o mundo ao iniciar, na semana passada, um inédito movimento de protestopelo país está começando a consumir drogas ilícitas antes dos 13 anos. Foi o que apontou a segunda Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar – PeNSE 2012, revelando aumento quando comparados os números do levantamento feito em 2009. No ano passado chegou a 9,9% a proporção de adolescentes que vivem nas capitais que já experimentaram drogas ilícitas, o que equivale a pouco mais de 312 mil jovens. Em 2009 o porcentual foi de 8,7%.
A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas capitais brasileiras. Entre os jovens de 13 a 15 anos entrevistados nas escolas de Belém, 6,7% responderam já ter usado algum tipo de droga ilícita alguma vez na vida. O percentual, apesar de preocupante, ainda é um dos mais baixos do país, principalmente quando comparado com a vizinha cidade de Boa Vista, onde 11% dos jovens responderam já ter experimentado drogas. Em Manaus foram 9% e em Porto Velho 9,8%. Macapá e Palmas tiveram o menor índice do país, ambas com 5,7%. O maior foi Florianópolis, com 17,5%.
A região Norte teve maior índice de iniciação prematura ao uso de drogas (5,4%) que a região Nordeste com 5%. Considerando as grandes regiões do país, o maior foi observado no Centro-Oeste, 9,3%, talvez impulsionado pelo alto índice de Brasília, 14,1%.
A pesquisa mostrou também que o crack – considerado uma das mais nocivas drogas ilícitas no mundo – é muito pouco utilizado entre os adolescentes que disseram já ter experimentado drogas ilícitas. Um total de 2,8% de jovens disseram ter experimentado o crack 1 ou 2 vezes.
REALIDADE
Diferentemente de outras pesquisas feitas pelo IBGE, o Instituto buscou garantir o máximo de realidade possível no levantamento feito junto aos jovens de 13 a 15 anos. Para isso foi entregue a eles um equipamento eletrônico para que eles próprios respondessem com privacidade sobre seus hábitos e comportamento.
Foram entrevistados 109.104 alunos do 9° ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas em todo País, a grande maioria (86%) com idades de 13 a 15 anos. Os resultados foram projetados para o universo de 3,1 milhões de adolescentes que estudam no 9º ano.
Embora a proporção pareça pequena, os técnicos do IBGE se espantaram com a revelação de que 0,5% dos adolescentes usou crack no período de 30 dias que antecederam a pesquisa, pois, em números absolutos, são 15 mil estudantes no País inteiro que já experimentaram a droga, que tem o maior potencial de dependência.
O consumo de cigarros nos 30 dias anteriores foi relatado por 5,1% dos escolares e 26,1% consumiram álcool no mesmo período em todo o país. Nesta situação, Belém em nada se diferencia das outras capitais do país.
Uma média de sete em cada dez adolescentes declararam já ter experimentado algum tipo de bebida alcoólica. 60,5% dos jovens belenenses declararam já ter experimentado algum tipo de bebida alguma vez na vida. Espantosamente, a maioria deste total – 63,2% contra 57,7% - é composta por meninas.
Diário do Pará
Postado por Estado do Tapajós
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