Bombardeios com suposta utilização de gás tóxico deixam ao menos 213 mortos em Damasco
Ativistas sírios inspecionam corpos de vítimas do ataque do governo sírio desta manhã, dia 21 de agosto, na região de Damasco, no qual rebeldes afirmam que foi utilizado gás neurotóxico.
REUTERS/Bassam Khabieh
Ao menos 213 pessoas morreram em um ataque que pode ter utilizado gás neurotóxico, em uma violenta operação realizada pelo exército sírio, na região de Ghouta, no leste de Damasco, na manhã desta quarta-feira, dia 21 de agosto. As informações sobre as vítimas foram obtidas em vários centros médicos da região, que registraram dezenas de mulheres e crianças entre os mortos. A televisão estatal informa que o governo nega ter utilizado subtâncias químicas no ataque.
As ofensivas atingiram os bairros de Ain Tarma, Zamalka e Djobar. A área é dominada pela rebelião que luta contra o regime do presidente Bashar al-Assad há quase dois anos e meio. A Comissão Geral da Revolução Síria postou no canal de vídeos Youtube imagens que ilustram o massacre. De acordo com os rebeldes, centenas de pessoas teriam morrido nos bombardeios. Já a ong Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), informa que as ofensivas mataram cerca de 100 pessoas.
O ataque acontece três dias depois da chegada a Damasco de mais de 10 investigadores da ONU, encarregados de examinar a utilização de armas químicas no conflito sírio. O objetivo é avaliar se elas foram ou não usadas, sem determinar responsabilidades. Tanto o regime quanto a oposição se acusam mutuamente de ter recorrido a armas químicas nos confrontos que já causaram a morte de mais de 100 mil pessoas.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos pediu que os investigadores se dirijam aos locais atingidos pelos bombardeios e verifiquem a necessidade de chegada de serviços médicos o mais rápido possível. Os hospitais da região estariam lotados de vítimas dos ataques e não teriam material necessário para socorrer todos os feridos. ( http://www.portugues.rfi.fr)
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