ÍNDIOS EM PÉ DE GUERRA EM JACARÉACANGA
Jacareacanga - Sob o signo da tensão e do medo vive-se desde as primeiras horas do dia de hoje a cidade de Jacareacanga que foi subitamente invadida por guerreiros Munduruku e que após confrontarem com policias militares do destacamento de policia local,esses empreenderam fuga com a intenção de preservarem vidas. Diga-se de passagem uma atitude louvável do comando do destacamento, pois se resistissem muitas vidas seriam ceifadas no embate.
Reclamam os guerreiros que a policia ao prender os matadores de Lelo Akay trucidado a facadas a 15 dias, preservou de prisão o pivô do crime, uma prostituta viciada em entorpecentes que ainda transita nas vias publicas de Jacareacanga. Desde quando ocorreu a invasão da Delegacia de Policia, os indígenas fecharam o cerco nas principais saídas da cidade colocando guerreiros na estrada de acesso à Transamazônica, e até no aeroporto.
Desde a madrugada o clima tenso ganhando clima desesperado recebi um telefonema da parte do Sr. Secretario de Segurança Publica do Estado preocupado com a situação em Jacareacanga, de imediato me aproximei dos amotinados e estr4eitei a comunicação telefônica com a autoridade que prometeu encaminhar até as seis horas da tarde uma equipe para conversar com os indigenas que ao passar as horas ganham reforços vindos de outras aldeias. Estabelecimentos comerciais institucionais e educandários de ensino cerraram as portas temendo a reação dos indigenas que anseiam a vinda de autoridades da segurança publica para adotarem providencias contra a disseminação de entorpecentes na cidade e denunciam ainda com a conivência de policiais.
Duas casas que no jargão policial é chamada de boca de fumo foram invadidas pelos guerreiros sem entretanto fazerem vitimas, que em resuno somente um policial foi atingido por uma flechada.
Como disse a cada minuto que passa aumenta a tensão pela espera das autoridades que se algo ocorrer que não se apresentem aos indigenas para ouvirem seus reclames a coisa ganhará dimensão catastrófica.
Neste momento cerca de 200 indios concentram-se no local do sinistro e outros perambulam pelas ruas da cidade.sem contudo hostilizarem a população envolvente. Mesmo com alguns soluços de intranquilidade a serenidade dos indigenas sobrepõe-se ao clima hostil que alguns aparentam.
Ameaçam portanto incendiarem pontes de acesso à cidade e outras formas de violência para vingarem o parente barbaramente assassinado. Estão munidos de armamento de ordem cultural como arcos flechas, bordunas e tacapes, e apesar de estarem de posse de tres armamentos militares não estão fazendo uso e encontram-se recolhidos para serem entregues às autoridades que devem chegar ainda agora a noite.
Uma cidade inteira esta em prece para a resolução do problema.
Fonte: Rastilho de pólvora
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