BAIRROS DE SANTARÉM PODEM VIRAR QUILOMBO
GRANDE ÁREA DO MAÍCA É ALVO DE INTERESSE DE QUILOMBOLAS
Por: Elias Junior e Edilson Patrocínio.
Lideranças comunitárias e seu Advogado Dr. Hiroito Tabajara
Santarém(PA) – A câmara de vereadores de Santarém foi pequena hoje(06/02) para abrigar os representantes dos Bairros Área Verde, Perola do Maíca, Jaderlandia, mais a presença do presidente do Bairro do maracanã, senhor Arnaldo, presidente do Centro Comunitário do São José Operario e ex-presidente do Bairro do Jutaí senhor Mario Souza, que estavam lá para acompanharem a votação do pedido de Audiência Pública para tratar da pretensão de transformação da grande área do Maíca em área quilombola, o pedido da audiência pública foi apresentado pelo vereador Chiquinho da Umes(PSDB) e teve aprovação unanime sendo agendada a data de 21 de março para sua realização.
Vereador Chiquinho da Umes(PSDB) autor da proposta
Dr. Hiroito Tabajara Advogado das Associações
No domingo passado (03/02) os moradores da grande área do Maíca estiveram reunidos na sede da Associação dos Moradores do Bairro Perola do Maíca, onde também estiveram presentes o Presidente da Câmara, vereador Henderson Pinto(DEM), e mais os vereadores Luis Alberto(PP), Chiquinho da Umes(PSDB) e Ney Santana (PSDB), que ficaram estarrecidos com os depoimentos dos moradores e o terror que vem acontecendo no bairro em virtude da possibilidade real de um pequeno grupo de pessoas que se intitulam quilombolas tomarem as propriedades dos moradores da grande área do Maíca.
Galeria atenta as falas dos vereadores
Na sessão de hoje(06/02) vários vereadores se manifestaram sobre o tema, o vereador Paulo Gasolina(DEM) foi enfático em declarar-se preocupado com a questão, pois segundo suas palavras, “se a sociedade não acordar poderemos ficar sem ter para onde ir, pois hoje o INCRA quer transformar a grande área do Maíca em quilombo e Alter do Chão em área indígena. Daqui a pouco vamos ter que pagar pedágio para os “índios” de Alter do Chão e não poder entrar na grande área do Maíca”
Arnaldo, Presidente do Bairro do Maracanã
O vereador Luiz Alberto(PP) mostrou-se indignado de como as coisas estão acontecendo e declarou que “Não se pode descobrir um Santo para cobrir outro”, referindo-se ao fato do INCRA querer tirar de famílias carentes para darem para outras, o vereador falou de forma ponderado e disse que “não se pode admitir que se faça esta divisão de pessoas como querem alguns, pois somos todos brasileiros e o que é preciso é que o governo gere emprego e renda para a população e não crie a desunião das pessoas.”
Por sua vez o vereador Silvio Amorim(PRTB), mostrou-se revoltado e afirmou que “o INCRA hoje é dominado por “ongueiros” e para eles quanto pior melhor, e não podemos deixar isto acontecer em Santarém, e por isto mesmo os moradores destas áreas podem contar com meu apoio.”, finalizou o vereador
Usando da palavra o vereador Dayan Serique denunciou que o que está havendo é a manipulação de pequenos grupos por pessoas inescrupulosas gerando uma grande insegurança jurídica no município e isto é preocupante. O vereador relatou ainda que a situação é preocupante pois amigos seus “viraram índios” para receberem benefícios, o que o deixou bastante triste pois os conhece de longas datas e nunca soube de qualquer indícios de origens indígenas de seus amigos.
Uma noticias preocupante foi levada ao conhecimento dos presente é o fato de que naquele momento do vereador Geovani Aguiar(PSC) trocou mensagens com um amigo conhecedor de questões parecidas e recebeu a noticia estarrecedora que a possibilidade de reconhecimento do quilombo na área urbana de Santarém é real e que inclusive no centro de Porto Alegre(RS) foi demarcada como área quilombola, referindo-se ao Quilombo da Família Silva, instalado em uma das áreas mais valorizadas do Brasil. O vereador empenhou seu apoio a causa e disse que acompanhará de perto o desenrolar dos acontecimentos.
O apoio do vereador Marcilio Cabral foi colocado a disposição dos moradores da grande área do Maíca, que em suas palavras disse conhecer a realidade dos bairros daquela região e como sabedor da carência dos habitantes do Bairro não pode “apoiar atitudes contrarias aos que tanto lutaram para conseguir o seu lar e agora vir o INCRA para tomar as propriedades e posses destas pessoas, isto não é justo e eu sou contra.”
O vereador Ney Santana(PSDB) agradeceu a presença dos moradores na câmara e lembrou de fatos que tomou conhecimento quando esteve presente na assembleia realizada no último domingo, destacando a liderança dos presidentes do Perola do Maíca, Ronaldo de Sousa, e da Área Verde, Floriano Franco, destacando também o empenho do advogado das Associações Dr. Hiroito Tabajara, que vem desempenhando um papel de destaque na luta pela legalidade, segundo informou o vereador.
O Vice-Presidente da câmara vereador Reginaldo Campos, que presidiu a sessão, colocou em votação o pedido de Audiência Pública que foi aprovado por unanimidade e destacou que a luta das comunidades é justa e merece todo apoio da Câmara de Vereadores. O Vice presidente fez constar também a presença do advogado Dr. Hiroito Tabajara que está sempre envolvido em causas de interesses sociais, segundo destacou o vice-presidente do legislativo santareno.
O senhor Floriano Franco, presidente da Associação dos Moradores da Área Verde, mostrou-se satisfeito com aprovação da Audiência Pública, pois “assim teremos a chance de mostrar a toda a população de que lado está a verdade”.
Dr. Hiroito Tabajara e Pres. do Centro Com. do Bairro São José Operário
A Associação de Moradores do Bairro Perola do Maíca, na pessoa de seu presidente Ronaldo de Sousa, disse que a “sociedade santarena precisa estar alerta para estas práticas abusivas onde um pequeno grupo quer se impor ao direito de milhares de pessoas carentes de terem suas moradias e seu sustento. Nós estamos lutando na justiça desde 2007 para que seja dissolvida a Associação comandada pelo senhor José Humberto, que pelos depoimentos e provas fica claro que mesma foi constituída através de fraude.”
O advogado das Associações Dr. Hiroito Tabajara declarou que “o que os moradores da grande área do Maíca querem é clareza nos procedimentos. A população não é contra quilombolas, se eles existirem, o que se é contra é a forma como a coisa está sendo feita, sem transparência e colocando em risco a segurança jurídica de praticamente cinco bairros de Santarém”.
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