TROCANDO A ROUPA DA ALMA

Por Seu Pedro Via Facebook

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 Não era a primeira vez que aquele descendente de um francês fugido da Europa me convidava para conhecer a sua aldeia. Diferentemente das outras vezes que eu desconversei, brincando que ela sequer estava no mapa, afirmei que o convite estava aceito desde que a viagem fosse feita de caiaque e sem barco de apoio, no estilo aventura radical.

O avô dele, Henri Rostand, que não queria saber de guerras, atravessou o Atlântico viajando clandestinamente até o porto de Salvador. Depois, seguiu para Belém, onde arrumou uma companheira e subiu o rio Amazonas até a foz do rio Tapajós, estabelecendo-se em Santarém. 

Naquela época, final da década de 1920, dois navios de guerra, agora transformados em embarcações de transporte de carga, vindos dos EUA, aportaram em Santarém. Eles deveriam seguir pouco mais de 200 km rio acima, onde seria construída uma pequena cidade nos moldes daquelas existentes no meio oeste norte americano. Era verão e o rio azul estava no seu nível mais baixo. Os navios teriam que esperar.

Henri Francês, entretanto, não tardou em subir o Tapajós e foi trabalhar nas plantações da empresa Ford. Dali seria expulso tempos depois por denunciar o contrabando de minério para os states no interior de peças de madeira. Foi então que ele atravessou para a outra margem do rio e ali se estabeleceu como agricultor até o fim da sua vida. Teve seis filhos, dentre eles Ivan Rostand, aquele que prestou estas informações. 

Depois que chegou ao Brasil, Henri Francês, nome com o qual ficaria conhecido, nunca mais retornou à sua terra natal, embora mantivesse contato por carta com parentes. Seus restos mortais estão sepultados em Urucurituba, a aldeia que Ivaldo Rostand queria porque queria que eu fosse conhecer e que abrigou a sede do sindicato dos trabalhadores quando eles foram perseguidos pelos homens de Ford na outra margem do rio. 

Assim surgiu a idéia de uma expedição em caiaques oceânicos pelo rio Tapajós. Urucurituba serviu de base para os aventureiros. Foi de lá que partimos em direção à Alter do Chão (foto) e em seguida até Santarém, no último dia sete de setembro. Foi a coisa mais significativa que eu fiz neste ano que finda, porque acreditei, como sugere o poeta Mário Quintana, que "viajar é trocar a roupa da alma". Agora, imagine se é uma viagem de 230 km rés ao espelho d'água de um rio azul, durante sete dias...

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Ranilson do Prado inaugurou Centro de Saúde de Brasília Legal

Mesmo depois de ter perdido a eleição Ranilson do Prado cumpriu seus compromissos com a comunidade de Brasilia Legal construindo o Posto de Saúde daquela localidade.

Antes de repassar a administração municipal a seu sucessor, o prefeito de Aveiro Ranilson do Prado entregou mais uma obra a população aveirense. Trata-se do Centro de Saúde do Distrito de Brasília Legal, construído no mesmo espaço onde funcionava precariamente o antigo posto da comunidade.

Com o custo de mais de duzentos mil reais, o Centro de Saúde de Brasília Legal inaugurado na tarde do último sábado, dia 22 de dezembro, atenderá todas as comunidades existentes na região em torno do distrito, trazendo melhorias no atendimento a população, uma conquista há anos almejada pela população.

Com menos de dois anos a frente da administração municipal, Ranilson do Prado investiu na infraestrutura do município muito mais que todos os prefeitos que já administraram aquele município. São mais de dez obras importantes, todas construídas com recursos próprios da prefeitura municipal e que passaram a proporcionar melhores condições de vida à população em vários setores da sociedade aveirense.

Construção da Praça da Cultura e revitalização da orla em frente a cidade de Aveiro, Praça Frei Miquel e Escadaria do Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Fordlândia, Construção do prédio e equipamentos para a Secretaria Municipal de Obras, Construção do prédio e equipamentos para a Secretaria Municipal de Habitação, Recuperação do galpão de Fordlândia, sem falar em recuperação de centenas de Km de vicinais e conquistas de máquinas e equipamentos, como uma retroescavadeira e uma moto niveladora (patrol). O prefeito conseguiu ainda equipar a Secretaria de Agricultura com um caminhão novo, trator traçado e seu implementos, duas motos e um motor de popa.

Na Educação, o gestor aveirense construiu a Escola da Comunidade de Pinheu, recuperou inúmeras outras, conseguiu Microônibus e Lanchas que hoje atendem os estudantes no transporte escolar, alem de regulamentar a merenda escolar em todas as escolas do município.

Na área da saúde, além da construção do Centro de Saúde de Brasília Legal, conseguiu um laboratório odontológico itinerante, uma ambulância e mais de 70% da construção do hospital municipal, o qual só não foi concluído, devidos as constantes perseguições que atrapalharam significativamente o bom andamento dos trabalhos administrativos.

Em Brasília Legal, Ranilson do Prado já havia construido um Telecentro de Informática que atende toda a população local e, como o gestor que investiu em todas as áreas, na cultura, incentivou todos os eventos já existentes no município, ainda implantou na comunidade o Festival do Tucunaré, que já é considerado o maior festival da região do Tapajós.

Apesar de todas as suas obras, Ranilson do Prado, com sua simplicidade peculiar, ao ser questionado por nossa reportagem sobre o assunto, disse que de tudo o que fez, considera a regulamentação da Légua Patrimonial do Município como o trabalho mais importante de sua administração. Ranilson explicou que Aveiro estava isolado dentro de uma reserva ambiental há mais de 50 anos, mas hoje a população pode se considerar proprietária de seus próprios imóveis, podem construir e negociar seus terrenos.

Outro trabalho destacado por Ranilson do Prado foi o que resultou numa melhor condições de vida as crianças de Aveiro, um projeto realizado pela prefeitura, com a participação direta da população e o empenho da Secretaria de Assistência Social, trabalho este reconhecido pela ONU que concedeu o Selo Unicef ao município de Aveiro.

Fonte (http://amaralitb.blogspot.com.br/)

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