Em visita á Rádio Rural de Santarém, conversamos com o Pe. Edilberto Sena, nascido na cidade de Belterra, 70 anos de idade e 42 de vida sacerdotal. Edilberto, atualmente trabalha em vários setores da Diocese de Santarém e atua como coordenador da tradicional Rádio Rural á 12 anos, onde assumiu o compromisso em manter o padrão de emissora comprometida com á ética na comunicação, com a evangelização libertadora e com a prioridade aos ouvintes. Esse leque de valores o obriga a ser coerente na informação, na música e nos programas em geral da emissora.

Considerado pela critica um homem polemico, o padre falou que não gosta dessa classificação por que se torna ambíguo, tendo um significado negativo e ao mesmo tempo positivo, ele o ver como uma pessoa crítica não no sentido de criticar só por criticar e sim no sentido de analisar as situações da vida, das organizações, inclusive da própria igreja, a partir do acúmulo de conhecimento que obteve ao longo de sua vida com seus estudos de filosofia, teologia de comunicação radiofônica, de estudo permanente da sociedade Brasileira e pela leitura de livros, o que lhes dá o direito de ter uma visão crítica da sociedade a partir do sonho e do ideal de vida. Uma sociedade solidária aos sonhos de toda a sociedade.

Livros de sua autoria - “Amazônia o que será o Amanha” partiu de um acumulo de editorias que foram acumulados entre os anos de 2001 á 2009. Segundo ele, suas irmãs juntaram esse material por assuntos e, na ocasião, elas descobriram 15 temas que foram matérias e notícias. Depois disso foi lançado o livro que está sendo bem aceito pelos leitores. “Este livro foi baseado em realidades de vidas pelo povo do Oeste do Pará e da Amazônia nesses 09 anos.” Explicou.

Expectativa para o ano de 2013 – O padre falou que espera sensibilizar a população da região da calha do rio Tapajós, começando por São Luiz do Tapajós, Pimental, Jacareacanga, Itaituba, Fordlândia, Aveiro, Belterra e Santarém, para formar uma militância literalmente um exército moral “Como Nelson Mandela organizou na África do Sul para nos defendermos nossa dignidade. Está havendo uma invasão do Governo Federal ao nosso território do Tapajós, sem nenhuma discussão com o povo. Nós precisamos resistir a tudo isso contra a construção dessas hidrelétricas”. Finalizou Edilberto Sena.

Fonte (blog do Amaral )