GUERRILHA DO ARAGUAIA: BUSCAS QUASE FORAM ABORTADAS
Durante todo o mês de julho era aguardado o retorno dos profissionais que integram do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA), para retomar as buscas dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia. Mas isso ainda não aconteceu e por pouco as buscas não eram encerradas de vez.
Segundo uma fonte de dentro do próprio GTA, existe uma resistência muito grande por parte do Ministério da Defesa em dar continuidade às buscas, de modo que foi sugerido o fim dos trabalhos.
Mas a Direção Nacional do PCdoB, que também integra o GTA bateu de frente com o Ministério da Defesa e exigiu a manutenção as buscas aos restos mortais dos desaparecidos, por entende que esta á uma dívida que o Brasil tem com aqueles que tombaram na sangrenta batalha.
Como não houve consenso, o caso teve de ser decidido por votação e no final acabou prevalecendo a continuidade das buscas, ainda de acordo com a mesma fonte.
O próximo passo agora será a divulgação do calendário de expedições, o que deve acontecer dentro de 10 dias. As expedições ficarão concentradas nos municípios de São Geraldo do Araguaia (PA) e Xambioá (TO).
Desde quando as buscas aos desaparecidos foram retomadas, o GTA conseguiu encontrar nove ossadas, sendo cinco apenas no ano passado. Desse total, duas estão praticamente identificadas como sendo de guerrilheiros mortos pelo Exército durante a Guerrilha do Araguaia.
O GTA é composto por servidores dos Ministérios da Defesa, Justiça e Direitos Humanos e possui especialistas em Antropologia Forense, Geologia, Antropologia, Cartografia e Logística, além de observadores do PC do B, do governo do Pará e de familiares de mortos de desaparecidos.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento iniciado por estudantes, membros do PC do B, que lutavam contra o regime militar e tencionavam montar uma base na Amazônia. O movimento durou entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970.
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