Irmandade Muçulmana convoca semana de protestos no Egito
A Irmandade Muçulmana do Egito convocou, nesta sexta-feira (16) uma semana de protestos diários contra o governo militar interino, após um dia em que milhares de pessoas foram às ruas contra a violência policial.
"Chamamos o povo do Egito e as forças nacionais para que protestem diariamente até o golpe terminar", disse o grupo islamita, em um comunicado em referência à derrubada, pelo exército, do presidente islamita Mohamed Morsi no mês passado.
Pelo menos 50 pessoas morreram e muitas ficaram feridas apenas no Cairo nesta sexta, e a expectativa é que esse número cresça, pois as informações ainda são fragmentadas e conflitantes.
Há relatos de incidentes violentos em outras cidades.
O país vive um clima de divisão entre simpatizantes do presidente deposto Morsi e as forças de segurança.
A repressão aos islamitas deixou centenas de mortos na quarta-feira, gerando uma onda de protestos internacionais contra o governo interino do Egito, apoiado pelas poderosas forças armadas.
Sob estado de emergência, o governo afirma estar reagindo a um "complô terrorista" e autorizou a polícia a usar balas de verdade para atuar contra os manifestantes, aumentando ainda mais o clima de tensão.
Europa condena
A Alemanha anunciou que vai suas relações com o governo egípcio depois da violenta repressão das manifestações nos últimos dias, anunciou nesta sexta-feira a chefe do governo alemã, Angela Merkel.
Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, e Merkel defenderam um "consenso urgente" na Europa sobre a crise.
Em uma conversa telefônica, os dois defenderam o fim imediato da violência, segundo um comunicado da presidência.
Também pediram um consenso urgente europeu e solicitaram uma reunião rápida dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia, na próxima semana.
Rei saudita
Já o Rei Abdullah, da Arábia Saudita, afirmou que o Egito enfrenta "terrorismo" e pediu que os árabes unam-se em torno da integridade do governo egípcio.
G1.COM
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