A paróquia de Nossa Senhora das Graças, de Icoaraci, promove uma carreata no distrito, na manhã deste domingo (18). A manifestação, animada por um trio elétrico, é para mobilizar apopulação para o Círio de Nossa Senhora das Graças, que será realizado no outro final de semana (24 e 25/11).

A carreata deve reunir mais de 120 carros e superar o número do ano passado. O padre Agostinho Cruz, da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, disse que há um estímulo a mais este ano, que é a comemoração dos 60 anos do Círio de Icoaraci. “Nós esperamos uma adesão maior ainda da comunidade este ano, quando pretendemos ampliar a divulgação do Círio na região que vai desde o Mangueirão até Icoaraci”, afirma o padre.

A imagem da virgem será conduzida em camionete aberta, ornamentada, na frente da carreata que passará pela avenida Augusto Montenegro, entrando em bairros como Tapanã, Tenoné, Pratinha, Maguari, entre outros, até Icoaraci. A manifestação será encerrada na Igreja Matriz de São João e de Nossa Senhora das Graças, com queima de fogos.

A festividade inclui ainda a tradicional missa de retorno das imagens da peregrinação, que será realizada no dia 23 às 18h, na Igreja Matriz. “É uma celebração concorridíssima, pois, na ocasião é trasladada a imagem de Nossa Senhora das Graças, do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, até a matriz. No final da missa, acontece uma motorromaria e carreata que conduzirá a imagem para a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, onde passará a noite e de onde sairá a trasladação na noite de sábado”, antecipa o padre.

Às 18h do dia 24, acontece a trasladação da imagem da virgem da Paróquia Nossa Senhora de Fátima para a centenária igreja de São Sebastião, na Orla do Cruzeiro. No dia 25, a procissão sai da igreja de S. Sebastião, por volta das 7h, logo depois da missa. O Círio percorre mais de 5 km pelas ruas de Icoaraci, até chegar à igreja matriz, onde o arcebispo metropolitano emérito Dom Vicente Zico irá presidir a missa.

A devoção a Nossa Senhora das Graças em Belém ganhou projeção a partir de 1949, quando um quadro com a imagem de Nossa Senhora teria vertido lágrimas na casa de uma senhora chamada Zenóbia Castro, na avenida Conselheiro Furtado, entre 9 de Janeiro e 3 de Maio. O episódio do “choro da imagem” mudou a face da devoção em Icoaraci. Muitas romarias passaram a ser organizadas desde o Pinheiro, como era então conhecida a vila, para a casa de dona Zenóbia. Em 1952, a paróquia era dirigida pelos missionários da Sagrada Família, que ouviram os apelos da comunidade e programaram uma grande procissão, realizado no 2º domingo de novembro, que passou a se chamar Círio, bem ao estilo do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.