Situação de haitianos é estável no Acre; Brasileia tem 400 refugiados
RIO BRANCO - Depois de ter passado por um período crítico há um mês, o município acreano de Brasileia (a 323 quilômetros de distância de Rio Branco), parece estar mais tranquilo. O motivo é a diminuição no número de imigrantes recém chegados de vários países da América Central, como o Haiti. Nesta terça-feira (22), oportalamazonia.com esteve com o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, para ter mais esclarecimentos a respeito do assunto.
De acordo com o secretário, desde a força-tarefa realizada pela Polícia Federal (PF) no último dia 16 de abril, todos os 1,3 mil imigrantes ilegais que chegaram de forma repentina foram legalizados e, desde então, mais de 1,5 mil já deixaram o Estado. “Todos já estão em outros estados, foi um quantitativo elevado e agora só restam 400, já que todos os dias chegam mais”, explicou.
A maioria dos imigrantes ainda é de haitianos mas, segundo Nilson, senegaleses e dominicanos ainda compõem o grupo. “Dos 400 que estão no abrigo em Brasileia, aproximadamente 120 são senegaleses e 30 são de dominicanos. Mas todos já iniciaram o processo de contratação de empresas para, de fato, trabalharem”.
Ajuda da União
Nilson explica que, desde o decreto da situação de emergência social, realizado no último 9 de abril, o Governo Federal têm assumido todos os custos para mantê-los no Acre. “Nós estamos cooperando com a assistência técnica e organizando a gestão. Nosso custos são, apenas, com as despesas de viagens, como carro, combustível”, garantiu.
Segundo Nilson, o abrigo está, agora, mais humanizado. “Tem um número menor de pessoas, com uma capacidade melhor de atendimento. Estamos mais felizes e garantimos que os imigrantes são mais bem tratados”, finaliza.
Em Rio Branco, a estimativa é que, atualmente, existam apenas 50 haitianos. A reportagem doportalamazonia.com procurou por algum deles, mas, infelizmente, nenhum quis dar uma entrevista. Todos responderam, porém, que as ações de ajuda surtiram efeito e que conseguiram reconstituir suas vidas.
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