Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal em Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio, decidiu instaurar inquérito civil público para saber se as verbas do governo federal para a manutenção e recuperação da BR-356 foram aplicadas corretamente. A força da água do rio Muriaé abriu um buraco de 30 m na estrada que inundou o bairro de Três Vendas, alagando as casas de 4.000 moradores. O inquérito vai apurar também os prejuízos causados a outras localidades de Campos e ao município de Cardoso Moreira.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPF, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira vai abrir o inquérito nesta quarta-feira (25).
No documento, o procurador quer confirmar se houve o planejamento e o uso correto das verbas federais para a região desde 2008. Ele usa esta data como referência, porque foi o ano da última grande enchente na região, quando um trecho da BR-356 também foi danificado. Na época, a estrada foi recuperada, mas voltou a romper no último dia 5 de janeiro.
O procurador Eduardo Santos de Oliveira vai pedir esclarecimentos aos ministérios do Planejamento e da Integração Nacional e a órgãos municipais sobre os gastos em Campos dos Goytacazes e Cardoso Moreira. Já fazem parte do inquérito os estudos realizados pelo ambientalista Aristides Sofiatti e pelo engenheiro Albert Jacobson, do Ministério Público, e todo o noticiário sobre as cheias na região.
Durante o levantamento dos especialistas, foi constatado que, se as comportas e canais estivessem funcionando, ao menos o rompimento da BR-356 e do dique do valão da Onça teriam sido evitados e, com isso, os moradores de Três Vendas e o Outeiro seriam poupados.
R7.com
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