GANÂNCIA ESTRAGEIRA

Senhor Wagner Fonseca foi ao garimpo tentar

Receber o que lhe é devido pela Magellan

A nossa reportagem esteve visitando um dos primeiros garimpos da região do Tapajós.

Galpão que foi alugado a Magellan

Fundado pelo saudoso Nilson Pinheiro, o Cuiu Cuiu atraiu milhares de garimpeiros e comerciantes de todo o mundo. A movimentação e exploração aurífera chegou ao seu apogeu na década de 80, para logo no início dos anos 90, juntamente com os demais garimpos da região, entrar em decadência.
 

A pesar de não prestar manutenção, a Magellan

continua utilizando a pista do “Pai Velho”.

Os que ganharam dinheiro foram embora sem nada investir na comunidade e os

poucos moradores que restaram por não terem condições de abandonar o quase nada que têm, reclamam da falta de assistência por parte dos governos anteriores, mas apostam na atual prefeita, na esperança que algo seja feito pela comunidade que é penalizada pela falta de acesso terrestre.

Do que foi o Cuiu Cuiu, só restou a ganância estrangeira representada em uma empresa de pesquisa que se encontra na área se apropriando do patrimônio de pessoas que deveriam ser respeitadas pelo muito que fizeram e dedicaram suas vidas pelo desenvolvimento do município.
 

Do trator alugado só resta a carcaça jogada

É o caso do senhor Wagner Domingues da Fonseca, um ancião de 93 anos de idade, popularmente conhecido em Itaituba por Pai velho, que em 1977 comprou a área pertencente ao saudoso Nilson Pinheiro, fundador do Cuiu Cuiu. Em 03 de abril de 2009 Pai Velho, através de um contrato de locação cedeu por pelo prazo de três anos à Magellan Minerais Propecção geológica Ltda um prédio em alvenaria, uma vila com 06 quartos, um barracão, uma pista de pouso e decolagem, um trator Agrale 4200, um grupo gerador e uma Kafuringa (veículo adaptado). No término do prazo e pelo não cumprimento das cláusulas, o locador não renovou o contrato, mas a multinacional até hoje não devolveu parte dos objetos que lhe foram concedidos em locação. Estando a maioria danificada e ainda acionou a justiça para continuar usando a pista de pouso de propriedade do ancião que continua lutando para receber o que é seu por direito.
 

A parede da vila foi arrancada

Francisco da Silva Santos (Chico do Cuiu), presidente do Condomínio formado na comunidade, reconhece que a pista é de fato e direito do senhor Wagner, pelo mesmo haver construído e feito sua manutenção pelo longo dos anos e acusa a Magellan de não haver prestado conta com a comunidade e até a presente data não apresentou nenhum documento que comprove a devolução do patrimônio pertencente ao senhor Wagner Fonseca.

Fonte : Blog do Amaral