Comunidade do Tenoné, em Belém, reclama da falta de ônibus
Moradores do bairro do Tenoné, em Belém, reclamam do número de ônibus para atender os passageiros do bairro e passaram a monitorar a chegada e a saída dos coletivos. A finalidade é medir o tempo de espera nos pontos de ônibus.
No mês de julho, a empresa de coletivo Eurobus foi fechada pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) por conta de irregularidades administrativas. Há duas semanas, 27 ônibus novos e seminovos de outras duas empresas passaram a operar na área, porém a população ainda reclama da longa espera pelo transporte.
“A gente espera praticamente uma hora e, quando passa, às vezes, nem para na parada porque já está lotado”, diz o vendedor Ronaldo Charles. “É só de uma em uma hora para passar”, completa. A rotina que os moradores enfrentam é de ônibus superlotados e atrasados.
O pintor José Negrão acorda 4h para ir ao ponto de ônibus fazer a fiscalização para tentar melhorar a situação. “Ninguém aguenta mais. Já estamos cansados dessa vida”, desabafa. O vigilante José Rodrigues diz que o relatório do monitoramento é encaminhado para a Semob. “Nós esperamos o retorno das autoridades para que eles possam suprir nossa necessidade e olhem para o nosso sofrimento”, pontua.
“Você não tá pedindo um favor, você está pagando a sua passagem, então as empresas deveriam ter mais respeito com o passageiro e colocar ônibus o suficiente para circular”, diz o motorista Leonardo melo.
Prazo
O diretor geral da Semob, Gilberto Barbosa explicou que o problema do número de ônibus tem um prazo para ser resolvido. “Houve uma convocação para empresas novas operarem no Tenoné, mas a empresas não tinham frota disponível. Os veículos que estão circulando foram remanejados de frotas reservas, inclusive operacional de outras linhas. As empresas têm um prazo de 30 dias para aumentar o número de veículos em operação no Tenoné”, diz.
De acordo com a Superintendência, no ano passado, a Eurobus já havia assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para melhorar a prestação de serviço, mas não sanou as irregularidades previstas no termo e teve durante a fiscalização todos os seus veículos reprovados, sem condições de trafegabilidade.
Do G1 PA
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