Caso Bagaço: mais dois serão julgados pela morte do detento
O crime ocorreu no dia 2 de outubro de 2002, durante uma rebelião de presos. "Bagaço" era preso provisório acusado de ter participado do estupro e da morte de uma mototaxista às proximidades de uma faculdade particular do bairro Aeroporto Velho, em Santarém. O caso mobilizou a polícia à época. Não havia provas suficientes sobre a participação, mas ele aguardava o fim do processo preso quando estourou a rebelião.
Oito detentos liderados por Geraldo Lopes dos Santos, conhecido pelo apelido "Piu-Piu", renderam agentes penitenciários, promoveram quebra-quebra e assassinaram "Bagaço", enfiando um vergalhão no ânus dele.
Dos oito réus, seis já foram julgados: "Piu-piu" e Rosivaldo Pereira Vasconcelos, conhecido como "Jiló", foram condenados; já Kerlison Duarte, o "Chefia", Janilson dos Santos, Eliseu Cecim e Vagner Tolksdorf, conhecido como "Dois", foram absolvidos.
Os réus que ainda não foram julgados, Raimundo da Silva dos Remédios (preso em Manaus) e Joailson de Oliveira Lima (foragido) é que terão seus casos apreciados na sessão desta quinta-feira, tendo Ministério Público e Defensoria nos debates, sob a presidência do juiz Gerson Marra Gomes.
Entenda
A mototaxista Maria da Penha Macião de Almeida, de 33 anos, foi assassinada no dia 15 de julho de 2002, em Santarém, oeste do Pará. O corpo dela foi encontrado próximo a uma universidade particular da cidade, no bairro Aeroporto Velho. Ela teria sido estuprada antes de ser morta.
Corpo da mototaxista Maria da Penha foi encontrado em estado de decomposição. (Foto: Arquivo/TV Tapajós)
A polícia prendeu duas pessoas. Rubineiro Lopes dos Santos, 20 anos, foi condenado, em 2003, a 26 anos de prisão pela morte da mototaxista. José dos Anjos Lopes, conhecido pelo apelido "Bagaço", foi preso como suspeito e ficou na Penitenciária Silvio Hall de Moura. Ele foi morto em 2002, com um vergalhão enfiado no ânus, durante uma rebelião.
Redação Notapajos com informações do Fórum de Justiça de Santarém
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