Realidade- AS CONSEQUÊNCIAS DA FOME NO MUNDO
As principais conseqüências da fome são:
- A desnutrição, devido à falta de nutrientes, proteínas e calorias;
- Raquitismo, devido à carência de Vitamina D; - Anemia, provocada pela ausência de Ferro; - Vários Distúrbios e doenças causadas pela falta de Vitaminas A e do Complexo B.
Todas essas carências sentidas pelo organismo afetam o corpo humano, integralmente, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo combate de várias doenças no organismo, deixando assim o indivíduo exposto a contrair diversas patologias viróticas, bacterianas, causadas por vermes ou protozoários. A pior de todas as consequências é quando todos estes estágios chegam a um limite, levando o indivíduo à morte.
A fome aberta ocorre em períodos em que acontecem guerra em um determinado lugar, desastres ecológicos ou pragas que compromete drasticamente o fornecimento de alimentos, isso acarreta a morte de milhares de pessoas.
Atualmente esse tipo de fome não tem ocorrido. Hoje existem vários organismos humanitários que fornecem alimentos às áreas afetadas por conflitos etc.
A fome oculta possui outra característica, é aquela no qual o indivíduo não ingere a quantidade mínima de calorias diárias, o resultado disso é a desnutrição ou subnutrição que assola 800 milhões de pessoas em todo mundo.
A subnutrição fragiliza a saúde tornando a pessoa acessível a doenças. Houve uma diminuição relativa no mapa da fome, mas a realidade ainda é alarmante.
Prognósticos antigos e novos
Em 1974, a Conferência Mundial sobre a Alimentação fixava a meta de eliminar a fome no mundo até 1984. Foi um sonho impossível como admitiram implicitamente, em 1996, os representante da Fao reunidos em Roma. Hoje, voltam ainda as previsões da redução pela metade do número de famintos até 2020.
Prevê-se que uma massa de 1 bilhão e 300 milhões ainda passará fome naquele ano, sendo que as crianças subnutridas somarão 132 milhões. Um pouco abaixo dos 166 milhões de 1997, mas ainda muitas: uma a cada quatro crianças passará fome.
Os números nada animadores estão no relatório “Previsões para o ano 2020 sobre a alimentação mundial: tendência alternativas e escolhas”apresentado em Bohn, Alemanha, no mês de setembro.
O “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2004”, relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), divulgado no dia 8 de dezembro, concluiu que morrem de fome, anualmente, pelo menos 5 milhões de crianças no mundo, o que dá uma média de um óbito a cada 5 segundos. Ou seja, desde que você começou a ler este parágrafo já morreram duas crianças de fome, pelo menos. Mais de vinte milhões de crianças nascem com o peso abaixo dos padrões mínimos, correndo maior risco de morte durante a infância.
As que sobrevivem, revelam incapacidade física e mental permanentes. Segundo o relatório, depois de ligeira queda na década de noventa, a fome ganhou novo impulso no início deste século. Os dados, relativos aos anos 2000-2002, demonstram que mais de 850 milhões de pessoas passam fome, 18 milhões a mais do que em 1992. “Além do sofrimento humano, que é um escândalo, a fome tem como consequência, também, importantes perdas econômicas”, salientou Hartwig de Haen, subdiretor da FAO, reforçando que é “incompreensível” a escassez de esforços da comunidade internacional.
Segundo pesquisa divulgada na Conferência do Ethos por BERNARD KLIKSBERG, assessor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, 16% das crianças da America Latina estão desnutridas, o que mostra, segundo KLIKSBERG, o tremendo paradoxo enfrentado pelo mundo atual, que por conta da grande revolução tecnológica deveria melhorar em muito a vida dos seres humano, o que não ocorre, infelizmente.
Em sua palestra o argentino KLIKSBERG listou alguns escândalos éticos da atualidade, destacando o da falta de água para os mais pobres. Outra pesquisa, também publicada recentemente pelo PNUD, dá conta de que a água contaminada mata mais do que todas as guerras, e que um ser humano precisa por dia, para satisfazer todas as suas necessidades, de 20 litros de água, mas recebe apenas 5 litros, enquanto na Europa, cada habitante consome cerca 200 litros de água por dia, e nos Estados Unidos este número cresce para 400 mil litros.
Fome pelo mundo
Olhando para certos aspectos do mundo que nos rodeia sinto, como certamente vocês sentem, a impotência perante a lentidão, para não dizer a ineficácia na resolução deste flagelo, que é a morte de seres humanos por falta de alimentos.
A fome de que se trata aqui significa a situação em que uma pessoa fica, durante um período prolongado, carente de alimentos que lhe forneçam as calorias (energia) e os elementos nutritivos necessários à vida e à saúde do seu organismo. Os especialistas em nutrição diferenciam dois tipos de fome: a global e a parcial.
A fome global, também chamada fome energética ou calórica, é entendida como a incapacidade de a ração alimentar diária ingerida por uma pessoa fornecer as calorias equivalentes à energia gasta pelo organismo nos trabalhos realizados.
Além das calorias, a alimentação deve fornecer determinados elementos nutritivos – como proteínas, vitaminas e sais minerais – que cumpram a função de restaurar as células, os tecidos e os órgãos de todo o nosso organismo. A falta prolongada de qualquer dessas substâncias na alimentação provoca distúrbios e lesões no organismo, com graves consequências à saúde. Essa é a fome denominada parcial ou específica.
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