China mobiliza 10 satélites para ajudar nas buscas por avião desaparecido
A China anunciou que vai usar 10 satélites para ajudar nas buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no Mar do Sul da China no último sábado (8), com 239 a bordo, informam as agências internacionais de notícias France Presse e Reuters nesta terça-feira (11).
Os satélites vão usar recursos de imagem de alta resolução da Terra e outras tecnologias para ajudar nas operações de resgate. Os equipamentos são controlados a partir do Centro de Xian, no norte do país.
Editoria de Arte / G1)
Os satélites serão utilizados para coordenar dados de navegação, observação meteorológica, comunicações e outros aspectos das tarefas de busca e resgate, revela o jornal do Exército de Libertação Popular (ELP).
Uma frota internacional com 40 navios e 24 aviões participa das operações de busca, que cobrem uma superfície de 500 mil milhas náuticas quadradas (1,71 milhões de quilômetros quadrados), mas que, até o momento, não deram resultados.
Quase dois terços das 239 pessoas desaparecidas no voo MH370 da Malaysia Airlines têm cidadania chinesa e caso a perda da aeronave seja confirmada, será o segundo maior desastre aéreo da história para a China.
Mistério
Mais uma informação no caso do desaparecimento de um avião comercial da Malásia faz do caso "um mistério sem precedentes" - como definiu o chefe da aviação civil do país nesta segunda-feira (10). Segundo jornais chineses e o inglês "Daily Mirror", alguns parentes de passageiros do voo MH370, na rota Kuala Lumpur-Pequim, tentaram ligar para os telefones celulares de seus familiares e conseguiram completar a chamada, que cai em seguida.
O diretor da Autoridade de Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, disse que não está descartada uma tentativa de sequestro, uma entre várias teorias que estão sendo consideradas pelos investigadores para explicar o sumiço do Boeing 777-2090ER da companhia Malaysia Airlines.
"Infelizmente, não encontramos nada que pareça ser um objeto da aeronave, e muito menos a aeronave propriamente dita", disse ele em entrevista coletiva.
Dezenas de aviões e barcos de dez países vasculham o mar entre a Malásia e o sul do Vietnã. A expectativa chegou a crescer quando o Vietnã mobilizou helicópteros para investigar um objeto amarelo flutuante -- que era, na verdade, apenas "a tampa coberta de musgo de um rolo de cabos", segundo comunicado no site da Autoridade de Aviação Civil vietnamita.
Há especulações sobre falhas de segurança e sobre a possibilidade de um atentado. No domingo (9), a Interpol confirmou que pelo menos dois passageiros usaram passaportes furtados para embarcar. Segundo o jornal New York Times, a polícia da cidade de Pattaya, de onde os bilhetes foram emitidos, disse que a compra não foi feita pelos passageiros, mas por um iraniano identificado apenas como Ali.
Não houve pedido de socorro do avião, o que leva especialistas a cogitarem uma catastrófica falha repentina ou uma explosão. Mas o chefe da Força Aérea da Malásia disse que o monitoramento por radar mostra que o avião pode ter recuado da sua rota antes de desaparecer.
Uma fonte graduada envolvida nas investigações preliminares na Malásia disse que a dificuldade em encontrar destroços pode indicar que o avião se despedaçou em pleno voo, o que espalhou as peças por uma área muito grande do mar.
Do G1, em São Paulo
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