Confusão marca enterro de segurança morto por policial
Santarém PA - Amigos e familiares do segurança David Martins, morto na manhã de segunda-feira, 24, com dois tiros na Praça do Mirante, fizeram um protesto em frente ao quartel do 3º Batalhão da Polícia Militar e na delegacia de Polícia Civil na tarde desta terça-feira, 25, durante o enterro da vítima.
Familiares e amigos protestaram em frente à delegacia
O protesto foi realizado com uma carreata que saiu da casa da vítima até o 3º BPM, com motos e carros que faziam barulho para chamar a atenção pelo fato de o segurança ter sido morto por um policial a paisana.
Durante a carreata, os manifestantes ainda fecharam um trecho da Avenida Cuiabá. Em frente ao quartel, eles estenderam faixas com mensagens que pediam justiça e paz.
Durante o protesto, o comando do 3º BPM ordenou que o portão principal fosse trancado e vigiado pelos policiais que estavam no local. Após isso, a carreata seguiu para a delegacia Seccional de Polícia Civil, onde os familiares solicitaram que uma autoridade policial os recebesse, mas o que encontraram foi uma barreira formada pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, com apoio do Grupamento Tático Operacional, que foi utilizado para evitar tumulto e impedir a entrada dos manifestantes.
Os manifestantes jogaram objetos contra os policiais, sendo que uma pedra quebrou o parabrisa de uma viatura. O protesto durou cerca de 40 minutos, com resistência dos manifestantes à ação policial.
Da Seccional de Polícia Civil, os manifestantes seguiram para o cemitério de Nossa Senhora dos Mártires, onde o segurança foi enterrado.
O caso
David Martins, 38 anos, foi morto na manhã de segunda-feira, 24, na Praça do Mirante, com dois tiros desferidos por um policial rodoviário federal que estava em Santarém passando férias.
De acordo com a polícia, o policial Carlos André da Conceição Costa viu o segurança revistar um grupo de pessoas no local, sem saber que David estava trabalhando. Foi então que o policial se identificou e sacou a arma. De acordo com os relatos de Carlos André dados à polícia, o segurança não se identificou e tentou reagir, quando o policial deu dois tiros que, segundo ele, foram em legítima defesa.
O segurança David Martins era casado e deixou dois filhos
No local, foi constatado que o segurança não tinha autorização para trabalhar com a arma, além do mais o revólver calibre 38 estava com a numeração raspada.
O policial foi levado para a delegacia para passar pelos procedimentos, mas foi liberado e saiu disfarçado e escoltado pela Polícia Militar ainda na tarde de segunda-feira.
A vítima era casada e deixa dois filhos.
Com informações de Rômulo D’Castro
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