Há 28 anos no cargo, primeiro-ministro deve vencer no Camboja
Os cambojanos votaram neste domingo (28) em uma eleição que provavelmente dará mais cinco anos de poder ao mais antigo primeiro ministro asiático, Hun Sen. Mas uma oposição fortalecida queixou-se de irregularidades e disse que lutaria pela verdadeira democracia.
A oposição acredita que quase um milhão de nomes estão faltando nas listas de eleitores, apresentou queixas sobre a interrupção de reuniões, alegou que houve compra de votos e que as forças de segurança fizeram campanha por Hun Sen, que começou no cargo em 1985.
“O partidarismo dos militares e da polícia criou uma atmosfera de intimidação para os eleitores em muitas partes do país", disse a Human Rights Watch em um comunicado. O Partido Popular de Camboja (CPP), atualmente no poder, está confiante na vitória, mas analistas políticos acreditam que um partido de oposição recentemente unido pode ameaçar a maioria.
Mais de 9,6 milhões de pessoas podem votar. As urnas fecharam às 15 horas locais e alguns resultados preliminares podem ser divulgados ainda na noite deste domingo. Os resultados oficiais podem levar até semanas para serem contabilizados.
Os opositores pertencentes ao Partido Nacional pelo Resgate do Camboja (CNRP) foram impulsionados pelo retorno de um líder popular, o antigo ministro das Finanças Sam Rainsy, depois de um perdão real. Ele havia enfrentado uma sentença de prisão em 2010 por espalhar desinformação e falsificar mapas para contestar uma nova fronteira acordada com o Vietnã, acusações que ele alegou terem motivação política.
Rainsy voltou tarde demais para se registrar como candidato, e até mesmo para votar, e as autoridades eleitorais rejeitaram seu pedido tardio para fazê-lo. Mas ele atraiu grandes multidões para comícios e pode apelar para eleitores mais jovens, que não tem memória da turbulência que dominava o país antes que o autoritário Hun Sen ajudasse a restabelecer a estabilidade.
G1.
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