Moradores de Belém esperam há mais de cinco anos por obra do PAC
Moradores da região do Tucunduba, no bairro do Guamá, em Belém, esperam há mais de cinco anos pela entrega de casas populares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em alguns conjuntos houve até invasão dos apartamentos.
O autônomo Aluísio Cosmo sonha com o dia da mudança para o residencial Liberdade, no bairro do Guamá.
Ele foi remanejado de onde morava há quatro anos e recebe uma ajuda de custo de R$ 370 por mês do governo do estado, para pagar o aluguel, mas espera até hoje receber o apartamento.
“Em troca eu peguei uma casa, que não era lá uma casona, mas dava para se morar bem, com cinco compartimentos”, disse.
Quase 4.200 famílias esperam pela conclusão de três obras do PAC no Tucunduba, para ter a casa própria. A construção das unidades habitacionais é controlada pela Cohab e está atrasada. No Residencial Liberdade, por exemplo, a obra ficou parada há mais de um ano e alguns apartamentos que ficaram prontos , foram invadidos.
As obras foram retomadas e o projeto prevê a construção de 3.200 apartamentos. No Residencial Riacho Doce são 576 moradias. O serviço, que já deveria ter sido concluído, recomeçou há três meses, depois de ficar parado mais de um ano.
“Nós tivemos que refazer o contrato com algumas empresas que desistiram do processo no meio do caminho e há necessidade de um processo licitatório. Essa situação já está resolvida, hoje nós já temos a contratação de todas as empresas necessárias para o andamento dessas obras e a finalização até dezembro de 2014”, disse Hugo Barral, diretor técnico da Cohab.
O terreno onde funcionava um curtume também faz parte do projeto, onde 400 unidades habitacionais deverão ser construídas, mas as obras ainda nem começaram. Algumas famílias invadiram o terreno e foram notificadas para deixar o local até esta quarta-feira (31).
A dona-de-casa Antônia Maria mora no local há cinco anos, desde que saiu de Primavera, no nordeste do estado, em busca de tratamento médico para a filha. “Se eu voltar para lá o que vai ser da minha filha? Não vai ter condições de vir pra cá”, disse.
A Cohab informou que o valor da ajuda de custo aumentou para R$ 403.
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