Sespa aponta que casos de malária reduziram 70% no Pará
Um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) aponta a diminuição de casos de malária no Pará de janeiro a novembro de 2013. Segundo a Sespa, foram registrados 30 mil casos neste período, o que representa uma queda de 70% em relação ao ano passado, no mesmo período em 2012, foram registrados 90 mil casos. Contudo, a situação ainda é preocupante em alguns municípios.
Segundo o secretário de saúde do estado, Hélio Franco, 99,8% dos casos de a malária no Brasil são na Amazônia. “Você nunca vai acabar com a malária a médio prazo aqui na região, porque é o homem invadindo o habitat do mosquito. Aqui tem muita água, muitos rios, igarapés, então o mosquito prolifera com muita facilidade, e temos também o problema de saneamento em alguns locais”.
De acordo com o levantamento da Sespa, o município que teve maior redução no número de casos foi Anajás, na ilha do Marajó, com 85% a menos de casos registrados. No sudeste do estado, o município de Jacareacanga reduziu 51%, e Novo Progresso teve uma queda de 21% de casos da doença. Portel, no Marajó, apresentou uma redução de 31%.
Números são altos em Itaituba
A menor redução de casos de malária foi em Itaituba, no sudeste do estado, que teve 22% a menos em números da doença, mas, segundo a Sespa, o número total de casos continua alto. Foram registrados quase 11 mil casos no município, 46% do total de casos registrados em todo o estado.
Segundo o secretário de saúde, Hélio Franco, a redução dos casos da doença no estado pode ser justificado pela distribuição de mosqueteiros e diagnóstico precoce. “Ano passado foram distribuídos 120 mil mosquiteiros, 60 mil deles com um produto químico que não faz mal as pessoas, mas mata, afasta o mosquito”.
Franco fala sobre a importância do diagnóstico. “Nas primeiras 48 horas fez o diagnostico precoce, tomou o medicamento, fez o tratamento correto fica tudo certo”, completa o secretario, ressaltando a importância dos pacientes fazerem o tratamento com seriedade. “As pessoas tem que tomar o medicamento no tempo correto. Muita gente toma medicamento e no segundo dia não sente mais nada ai para de tomar”, conclui.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), no bairro do Barreiro, em Belém, o número de casos aumentou: foram registrados 19 casos em 2013 e 12 no ano passado. A secretaria informou ainda que os casos de malária no bairro ocorrem principalmente porque a população está em constante deslocamento aos municípios com incidência da doença. Em Belém, foram registrados 172 casos, sendo 26 na capital.
Segundo Franco, os casos de malária em Belém acontecem devido a contaminação em outros municípios. “Muita gente viaja, para Anajás, por exemplo, é picado pelo mosquito, é contaminado e em uma semana você volta para Belém. Nós temos um problema aqui em prontos socorros e pronto atendimento para diagnóstico e a gente alerta os médicos que qualquer síndrome infecciosa, qualquer quadro febril agudo aqui na Amazônia tem que saber a procedência do paciente. Em abril tivemos o surto em Ananindeua e a primeira pessoa que teve o caso foi umas 4 ou 5 vezes no posto de saúde e não teve diagnóstico correto”, explica.
g1/pa
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