14 são presos em operação de combate à violência contra a mulher
Catorze homens foram presos nesta quinta-feira (22) suspeitos de cometer violência contra esposas e companheiras, em Belém. A operação coordenada pela Diretoria de Atendimentos a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil pretendia cumprir 50 mandados de prisão preventiva, mas nem todos os envolvidos foram encontrados.
O grupo foi detido na operação “Acorda, José”. Quarenta policiais civis participaram da ação. As prisões ocorreram nos bairros do Guamá, Canudos, Cabanagem, Benguí, Marambaia, Pedreira e Marco, além do distrito de Mosqueiro. Quarentea policiais civis participaram da ação.
Todos os presos passaram por perícia criminal e foram transferidos, em um ônibus da Polícia Civil, para o Centro Penitenciário da Região Metropolitana, em Ananindeua. A operação foi deflagrada a partir de um levantamento de mandados judiciais ainda pendentes de cumprimento.
A maioria dos casos é de homens que não cumpriram as chamadas medidas protetivas às mulheres, decretadas pela Justiça, por meio da Vara da Violência Contra a Mulher, para resguardar os direitos das vítimas, assegurados pela Lei Maria da Penha (Lei 11.340/ 2006).
Entre as medidas protetivas estão o afastamento do agressor do lar, a proibição da aproximação da vítima, de familiares e de testemunhas do crime, a proibição do contato do agressor com a vítima por qualquer meio de comunicação e até o impedimento de visita do agressor a determinados lugares para preservar a integridade física e psicológica da mulher.
Violência
De acordo com dados recentes do Ligue 180, serviço do governo federal, o Pará é o segundo estado brasileiro com mais casos de violência contra a mulher.
No primeiro semestre de 2012, foram registradas 47.555 situações que envolveram agressões contra as mulheres, a maioria cometida pelos parceiros e cônjuges. A violência física ainda é a mais incidente, com 26.939 registros, o que equivale a 56,65% das denúncias.
A incidência é de 515,94 casos de violência para cada 100 mil mulheres em todo o estado. Um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Pará ficou em terceiro lugar no ranking nacional de violência contra a mulher.
G1/PA
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