Autoridades investigam queda de avião que matou 33 na Namíbia
As autoridades da Namíbia e de Moçambique investigavam neste domingo (1º) as causas da queda de um avião comercial que matou 33 pessoas, uma delas um brasileiro, em um parque nacional da Namíbia.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou no sábado que o brasileiro morto era Sérgio Miguel Pereira Soveral.
Segundo no jornal português "Diário de Notícias", Sérgio Soreval era luso-brasileiro e empresário do ramo de transportes de mercadorias.
O Itamaraty, conforme nota divulgada nesta tarde, "está prestando assistência consular à família do nacional por meio das embaixadas na região".
Havia 27 passageiros e 6 tripulantes a bordo do avião, um modelo E190 fabricado pela companhia brasileira Embraer. Ninguém sobreviveu.
O voo TM 470 havia decolado na sexta-feira de Maputo, em Moçambique, com destino a Luanda, em Angola, com 27 passageiros a bordo: dez moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês, segundo a LAM.
O último contato estabelecido com os pilotos havia sido feito quando o avião sobrevoava o norte da Namíbia, onde caia uma forte chuva.
"Minha equipe encontrou o aparelho. Não há sobreviventes. O avião está carbonizado por completo", declarou à France Presse neste sábado o coordenador da polícia da região namíbia de Kavango (nordeste do país), Willie Bampton, depois de várias horas de busca em uma zona pouco povoada no parque nacional de Bwabwata.
Um guarda-florestal afirmou que as caixas-pretas do avião, incluindo o gravador de voz da cabine, foram localizadas e entregues aos investigadores.
Segundo um técnico do aeroporto de Moçambique, que pediu para não ser identificado, o avião teria caído por causa do mau tempo que fazia na região.
Embraer
Em nota, a Embraer afirmou que a aeronave acidentava havia sido entregue à companhia moçambicana em novembro de 2012.
A empresa brasileira disse que se colocou à disposição para auxiliar nas investigações e está preparando o envio de uma equipe de técnicos para o local.
Acidente mais grave
O acidente é o mais grave na história da aviação civil de Moçambique desde a misteriosa queda do avião do presidente Samora Machel, em 1986, na África do Sul, na qual morreram 34 pessoas.
Em 2011, a União Europeia proibiu a LAM de voar em seu espaço aéreo, por questões de segurança.
G1.COM
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