Belém constrói uma agenda de protestos
A concentração será às 14 horas e a saída às 16. Em Marituba o ato está marcado para quinta-feira, provavelmente com tema da instabilidade política do município, mas o horário ainda não foi divulgado. Na reunião de Belém, além de definir locais e horários das manifestações, os manifestantes optaram por definir pautas mais claras e menores, dando mais foco a cada ato. Protestos individuais não estão descartados, entretanto, o que não vai eliminar a identidade multitemática da onda nacional de protestos. Os movimentos também seguem sem lideranças. O foco principal, segundo eles, continua a ser o transporte público: redução de tarifas e congelamento das passagens, melhoria nas frotas de ônibus, transparência nas contas do sistema, agilização da conclusão das obras do BRT e também passe livre para estudantes.
Sentados ou em pé, os presentes repetiam cada discurso e proposta em coro. Além do transporte público, a pauta inclui saúde e educação. O combate à corrupção, com repúdio às PECs 33 e 37, também deve continuar. As mobilizações via redes sociais vão continuar e possivelmente serão criados documentos com propostas de leis de iniciativa popular, com o objetivo de colher assinaturas físicas e digitais em petições online. Foi reforçado que não deve haver violência ou depredação do patrimônio público. São esperadas, pelo menos, 15 mil pessoas no ato, já que as páginas do Facebook relacionadas aos movimentos possuem mais de 21 mil pessoas.
Em Ananindeua, a reunião de pauta foi na praça da Bíblia. Várias pessoas haviam sido informadas que já haveria uma passeata, inclusive os órgãos de segurança pública. Porém, tudo ficou apenas no planejamento. Mesmo assim, 38 homens da polícia militar (entre PM, Choque e Rotam) e mais 50 guardas municipais foram destacados e seguiram de prontidão, como informaram o aspirante Jairo Nascimento (supervisor do sexto Batalhão de Polícia Militar) e o inspetor Leandro Macedo. As duas corporações tinham informações do serviço de inteligência de que o ato não seria pacífico. O movimento se organizou e definiu os focos do protesto e data.
A principal bandeira deve ser o transporte público, com redução da passagem, integração dos sistemas de bilhetagem (Passe Fácil de Belém e Passe Inteligente de Ananindeua), congelamento das tarifas, quebra do monopólio da empresa Forte (que domina a grande parte das linhas da cidade) e passe livre para estudantes. Possivelmente será criado o movimento “Ananindeua Livre”. Outra pauta que será discutida será a saúde, com pedidos de criação de hospitais públicos municipais ou retomada das obras iniciadas; humanização do atendimento médico; criação de um sistema de controle de qualidade do atendimento e controle de ponto de todos os profissionais de saúde.
Fonte: O Liberal
Foto: Tarso Sarraf
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