Número de mortos por terremoto no Paquistão passa de 200
O forte terremoto de magnitude 7,7 que atingiu na terça-feira o sudoeste do Paquistão deixou pelo menos 238 mortos e centenas de feridos, segundo um balanço atualizado divulgado pelas autoridades locais nesta quarta-feira (25).
As equipes de resgate estão tentando chegar à zona mais afetada, próxima à localidade de Awaran, na província do Baluchistão, onde vários prédios foram destruídos, informaram as autoridades.
De acordo com o porta-voz do governo provincial, Jan Muhammad Buledi, a estrutura médica disponível é insuficiente e "não há espaço para atender os feridos nos hospitais".
O distrito de Awaran tem população de 300 mil pessoas em uma área de mais de 21 mil quilômetros quadrados.
Em uma zona de 50 quilômetros ao redor do epicentro vivem pelo menos 60 mil pessoas, segundo a agência da ONU para casos de catástrofe.
O número de desaparecidos ainda não foi informado.
Os tremores foram sentidos até na capital da vizinha Índia, Nova Déli, a centenas de quilômetros a leste, onde edifícios tremeram.
De acordo com o USGS, o terremoto ocorreu 235 km a sudeste de Dalbandin, na província do Baluquistão, que faz fronteira com o Irã.
Abdul Qadoos, vice-presidente da Assembleia do Baluquistão, disse à Reuters que pelo menos 30% das casas no distrito pobre de Awaran ficaram destruídas.
Ilha
O terremoto foi tão forte que causou uma elevação do fundo do mar e criou uma pequena ilha a cerca de 600 metros da costa paquistanesa de Gwadar, no Mar Arábico.
As emissoras de televisão mostraram imagens de um trecho de terreno rochoso elevando-se acima do nível do mar, com um grupo de pessoas perplexo reunido na praia para testemunhar o fenômeno raro.
Autoridades disseram que dezenas de casas de taipa foram destruídas por tremores secundários na região montanhosa pouco povoada perto do epicentro do terremoto.
A televisão local informou que helicópteros que transportam suprimentos foram enviados para a área afetada. O Exército disse que tinha deslocado 200 soldados para ajudar a lidar com a catástrofe.
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