Greve dos rodoviários de Marabá, no sudeste do estado, chega ao 11º dia
Os rodoviários de Marabá, no sudeste do estado, entram no 11º dia de greve nesta sexta-feira (13). A categoria e os empresários ainda não entraram em acordo. Com a frota reduzida, a população sofre com a demora no transporte e ônibus lotados.
Na ultima reunião entre os rodoviários e os donos das empresas de ônibus, os empresários concordaram em pagar o reajuste de 7% no salário e aumentar R$ 28 na cesta básica, mas alegaram não ter como atender outras reivindicações.
De acordo com o diretor de uma das empresas, Desidério Martins, o reajuste salarial já está incluso na folha de pagamento do próximo mês, mas ainda existem alguns impasses. “Estamos com um impasse na cesta básica, fizemos uma proposta de 7,17%. É o que podemos fazer” justifica o diretor.
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O presidente do sindicato dos rodoviários, José Ferreira, expõem quais os reajustes exigidos. “Nós apresentamos uma proposta para o sindicato patronal onde nós pedimos 25%. Nós apresentamos outra proposta para uma cesta básica no valor de R$ 700”, explica o presidente.
Enquanto os rodoviários e empresários não chegam a um acordo, os usuários são os principais prejudicados. A Justiça determinou que 50% da frota de ônibus de Marabá circule diariamente em horário normal, e 70% nos horários de pico.
O trabalhador autônomo, José Luís da Silva, reclama da dificuldade “Não tem transporte. É difícil demais, não só pra mim, mas para muitos pais de família”.
A demora dos ônibus revolta os usuários, a dona de casa, Elizete Lobo, conta que o tempo de espera é longo, e o coletivo passa lotado. “Está difícil, muito difícil porque a gente fica quase meia hora esperando e quando passa é um atrás do outro. O primeiro passa superlotado, não entra mais ninguém”.
A funcionária pública, Jaivania Batista, precisa ir todos os dias para um bairro que fica cerca de 20 quilômetros do centro da cidade e, devido à greve, ela tem tido dificuldades. “A gente fica horas mesmo, chega há uma hora o tempo que a gente fica na parada de ônibus esperando”, conta.
O motorista de ônibus, Edilson Silva conta que ouve muito reclamação dos passageiros. “Muita reclamação porque é a população que está sofrendo as consequências, mas nós, infelizmente, não podemos fazer nada, a empresa que deve tomar as devidas providências”.
Na manhã desta sexta (13) será realizada uma nova reunião de negociação entre grevistas e empresários na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.
G1/PA
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